Demência essêncial

Onde quer que nos encontremos, são os nossos amigos que constituem o nosso mundo - William James

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Polvo á espanhola

Há situações escandalosas, upsss.... queria dizer curiosas.
Como é possível vivermos num estado que a esta altura até á Camorra napolitana envergonharia, tal é o deboche.
Há alguns governos atrás tinhamos o Eng. Guterres como primeiro ministro da nação e havia um ministro picúinhas, irritante, arrogante e mal educado que (in)responsávelmente usando a pasta que tutelava obrigou de forma chantageosa e inqualificável á saída de um parceiro estratégico estrangeiro da administração de um dos investimentos públicos mais rentáveis sob a argumentação que a parceria levantava muitas dúvidas quanto á viabilidade e quanto á legalidade de todo o processo.
Nunca ninguém entendeu qual o critério para de forma lesiva ao estado se forçasse o rompimento daquela aliança.
O governo muda e o dito ministro em virtude da sua sobeja (in)qualificação para áreas de gestão, como bem ficou demonstrado quer na sua passagem pelo governo quer pelo seu percurso anterior é nomeado para presidente do conselho de administração em Portugal de uma importante empresa na área energética da Peninsúla Ibérica.
Entretanto essa empresa acaba por substituir a outra na parceria inicial.
Passados 32 anos e meio de novo muda-se no governo, e os senhores de antigamente lá regressam, sem o picareta falante mas com o outro Engenheiro á cabeça.
Decisão (in)suspeita, encontrar um parceiro estratégico internacional para um investimento rentável com a argumentação de alargar as prespectivas de investimento e aumentar a intervenção da empresa no exterior.
Quem surge como investidor preferencial?
Lá está a tal empresa ibérica da qual o senhor ex-ministro é presidente do conselho de administração em Portugal.
Agora pergunto eu, mas sendo essa empresa uma concorrente directa da empresa nacional, dado que disputam o mesmo mercado de forma concorrencial será saudável uma ligação formal e intrínseca entre elas partilhando informação vital para o seu objectivo?
Acho que aqui sim ceertamente existem muitas dúvidas quanto á legalidade, ética e opurtunidade do negócio.
Mas estas trapalhadas são as do costume com os senhores do costume.
Assim se vão movimentando em portugal a Galp(investimento rentável), a ENI (parceiro italiano escorraçado), A Iberdrola( influente investidor ibérico), o novo investimento em empresa portuguesa (EDP) e o Ex-ministro Pina Moura.
se o pouco saudoso António Guterres ainda por aqui andasse diria, É a vida!

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Já não se pode falar...

Já não há pachorra!
Discute-se o acessório e o essencial acaba irremediávelmente eclipsado.
Esta campanha eleitoral para as eleições presidenciais de janeiro próximo é nesta altura a imagem de um país á deriva.
a bandalheira é generalizada, o insulto e a calúnia são denominadores constantes e os lugares comuns de uma farsa com tons Kitsch.
Até agora não há um único candidato que não tenha do alto das suas excelsas inteligências misturado e confundido o poder presidencial inscrito na constituição com o poder executivo do (des)governo, o poder legislativo do mesmo governo e da assembleia da república e havendo mesmo dois deles que não se coibiram de opinar sobre o poder judicial, pasme-se falam estes senhores em democracia.
Democracia não pode nem deve ser em circunstância alguma um sistema onde tudo possa ser posto em causa, tem de existir áreas sensivéis que terão de ser blindadas. Óbviamente a magistratura terá de ser uma delas, não podendo no entanto em circunstância alguma os juizes deixarem de ser justo para passarem a ser justiceiros e muito menos imiscuirem-se no poder político para evitar Repúblicas de Juízes como já aconteceu em alguns locais.
Mas passando adiante desde o início da campanha que se falavam sobre os mais diversos aspectos do quotidiano nacional, tudo temas certamente interessantes mas não essenciais para o desenvolvimento premente da nação. Ele era de novo a regionalização, ele era o aborto, ele era o novo aeroporto, o TGV, a alteração á constituição com o reforço dos poderes presidenciais, etc...
Todos falavam, não diziam nada de útil, mas falavam.
Todos?!
Todos não. Havia um que primava pelo silêncio sabendo que se falasse tudo lhe caíria em cima e rapidamente desgastaria a sua imagem.
Sim porque isto neste país gosta-se de quem é arruaceiro, do chico-esperto e da grosseria.
O Professor no entanto falou. E a partir dessa altura era ver todos os outros candidatos a dizerem dele aquilo que os muçulmanos não dizem do chouriço.
Só porque deu uma opinião relativamente a um assunto que até poderia ser de somenos importância á 1ª vista. Um responsável especial pelo acompanhamento da evolução do investimento estrangeiro no país á semelhança do que acontece na maioria dos países da UE e em alguns fora dela e chamados de 3º mundo.
A sorte é que mesmo havendo muita gente neste país que se delicia com os big Brother's e as Companhias de Militares já existe muita gente com um minimo de sentido de responsabilidade e de bom senso e assim em janeiro lá serão os mal educados, arruaceiros e mal dizentes castigados nas urnas como devem ser.
Um feliz 2006 para todos nós com votos de prosperidade e desenvolvimento social e humano, já o merecemos apesar das asneiras de muito inútil bem falante nos ultimos 30 anos.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Mitos Culturais - O início

Nos dias de hoje existe um consenso recorrente no pensamento europeu que advoga a primazia da esquerda sobre a direita em termos culturais, querendo fazer querer que a maioria dos agentes culturais são de matriz esquerdista.
Nada mais errado. Seria fácil referenciar pensadores e ideólogos de esquerda dos nossos dias bem como o seria também para pensadores com ideais de direita.
Pessoalmente alerto já que a grande maioria deles não são do meu agrado, quer á esquerda por antipatizarem com o demo-liberalismo e namoriscarem o comunismo, quer á direita também pela antipatia mostrada para com mesmo demo-liberalismo e consequente simpatia pelo fascismo.
Onde se encontra então a diferença que tem permitido a esta esquerda arcaica e obsoleta da Velha Europa propagandear esta não-verdade?
A diferença encontra-se na forma de interpretação dos factos. Um ideólogo de direita tem sempre de fazer alarde da sua antipatia fascista para poder ser no minímo respeitado, consequência do fenómeno europeu e fugaz que foi o fascismo, enquanto os de esquerda não necessitam de se demarcar do fenómeno comunista, que teve uma propagação planetária e ainda está presente nos dias de hoje sendo que este mesmo comunismo cometeu muitas mais barbaridades no seu percurso que o fascismo. O fascismo no entanto desapareceu fruto de uma aliança entre o ocidente de matriz liberal e o comunismo, o que transformou o antifascismo no grande consenso das sociedades democráticas contemporâneas.
A verdade é que a esquerda autoritarista sempre defendeu uma forte intervenção do estado sobre tudo, e assim também incluíndo a arte da criação livre. O exemplo mais gritante de tudo isto é o do princípe Leopoldo que na sua corte protegeu, incentivou e glorificou Bach, por livre arbitrio e discricioniedade do poder político para distribuir meios para fins artísticos, fazendo surgir o "princípio do princípe".
Surge aqui portanto um paradoxo, a esquerda que tanto abomina (em teoria) o autoritarismo não hesita em utilizá-lo para fomentar um meio cultural onde a sua mundividência surge como ponto de partida e glorificação final.
É neste ponto que a direita ainda não percebeu que precisa de se libertar do estigma que a persegue, entender que não é detentora do monopólio de horrores que a esquerda propagandeia, não devendo por isso assumir um complexo de menoridade. É sua obrigação libertar-se desses fantasmas, desfazer o consenso do antifascismo que a mantém num gueto, e que assim vem limitando a liberdade e o pluralismo politíco e cultural da sociedade contemporanêa. Não poderá querer desdramatizar o fascismo, que enquanto fenómeno politíco-social foi um erro crasso da história recente, mas tão somente mostrar que não existem inocentes nesta matéria e que o fascismo não é o único horror.
Isto seria a obrigatoriedade da esquerda mesquinha fazer um exercício de humildade fazendo-a descer do se pedestal e perder a sua moralidade arrogante.
No fundo entenda-se, a dreita está do lado da "liberdade" enquanto a "autoridade" se encontra do outro.

domingo, dezembro 04, 2005

Para que nunca caía em esquecimento

Assinalam-se nesta data 25 anos sobre o acontecimento que ficou conhecido na história de Portugal como o "Desastre de Camarate".

Essa página negra da nossa história ceifou a vida entre outros ao Primeiro-ministro e ao ministro da defesa nacional de um governo de maioria absoluta, alcançado pela coligação Aliança Democrática.

Poucos momentos após a descolagem da avioneta onde seguiam, numa viagem cujo destino era a cidade do Porto para marcarem presença num comício do candidato presidencial apoiado pela A.D., general Soares Carneiro, esta precipitou-se sobre um aglomerado de casas no bairro de Camarate.

Muito se especulou sobre o acidente, muitas suspeitas foram alvitradas. Sacos azuis de altas patentes militares no antigo ultramar, tráfico de diamantes por parte de políticos de nomeada, etc...


Decorrido um quarto de século sobre esta tragédia e após Oito comissões parlamentares de inquérito restam três certezas:

1º Naquela noite de 4 de Dezembro de 1980, Portugal desencontrou-se com o seu futuro, ao perder dois dos mais brilhantes políticos da sua geração, que com a sua génese reformista teriam impulsionado a nação na senda do progresso e desenvolvimento.

2º É escandaloso o comportamento da classe política portuguesa, salvo raras excepções, que ao longo de mais de dois decénios instrumentalizou o apuramento de factos a bel-prazer dos caprichos de alguns senadores.

3º É vergonhoso que 25 anos após, nunca tenha havido coragem de se proceder á abertura e instrução de um processo, onde existem nomes, provas e testemunhos em como não se tratou de um acidente mas sim de um ASSASSINATO!!



Em memória de

Francisco Manuel Lumbrales de Sá Carneiro (1934-1980)

e de

Adelino Manuel Lopes Amaro da Costa (1943-1980)

terça-feira, novembro 29, 2005

Vejam lá se adivinham

Imaginem um país onde...

As ruas estivessem permanentemente conspurcadas porque os próprios funcionários camarários encarregues do asseio das mesmas fossem os responsáveis pela sujidade, visando não perderem o emprego...

A lei não fosse convenientemente aplicada por receio dos juízes prenderem todos os criminosos de pé rapado e de colarinho branco também, e depois não terem mais que julgar...

Onde os policias se entretem a fazer de bandidos, sendo os responsáveis máximos pelo tráfico de estupefacientes e crimes de extorsão...

Os jornalistas transmitem informação devdamente filtrada, não se vá saber toda a verdade e depois acabam-se as especulações...

Os pseudo-intelectuais de esquerda assumem em cônclave, que a maioria não passa de um "Flop".

Os descendentes do antigo imperador romano Nero vivem todos nesse país e são bombeiros...

Para não ficarem atrás, os descendentes de Barrabás também se estabeleceram e everedaram pela área de advocacia.

As posições chave das instituições de comando são assumidas por bichas empedernidas e existe uma campanha descarada de enaltecimento ao orgulho gay.

As personagens bíblicas do nascimento do Messias também ainda por lá perduram, José é governante, Maria entra em reality-shows, os Magos são chulos numa boite, até o burrinho deixou 230 descendentes no parlamento. E o menino? Esse deixou 10 milhões de crucificados...

Conseguem adivinhar onde fica este país??

quarta-feira, novembro 23, 2005

Portugal já parece o circo Chen

Um verdadeiro case study da era moderna é o estado de maturidade da sociedade portuguesa no inicio do século XXI. Senão repare-mos, temos um naipe de candidatos á Presidência da Républica verdadeiramente sui generis, um é apoiado pelo BE é candidato a tudo, até a vendedor de castanhas; outro, apoiado pela CDU,sem grande diferença do universalismo do candidato do Bloco só que este é candidato a trolha; O candidato do PS versão 1.1 para além de uma falta de educação gritante é provávelmente incontinente; o candidato do PSD mantêm-se calado porque cada vez que abre a boca perde votos; o candidato a candidato do PS versão 1.2 da oposição só é candidato porque nas sondagens aparecia á frente do candidato do PS versão 1.1; e depois temos o não candidato.

Este último é sem dúvida o mais caricato e revelador da trampa onde estamos inseridos, por culpa, em primeiro lugar dos políticos, que de tanta asneira terem feito ao longo destes 30 anos de democracia na nação deixaram surgir exemplos destes, em segundo lugar, de todos nós que votá-mos neles e não lhes explicá-mos que isto está a ir em caminho de um abismo.

Este candidato afirma que se for eleito a sua primeira medida será renunciar ao mandato. de resto apresenta um leque de promessas das quais escolhi algumas para mostrar a sua "qualidade":

Cobrir todas as promessas dos outros politicos.
A construçao de um punhetrodemo.
Uma bailarina russa para todos os portugueses.
Um bailarino cubano para cada portuguesa.
Um ferrari a cada portugues/a.
Educaçao Sexual Forçada a 3ª idade.
Dissoluçâo da assembleia da republica em bagaço.
Sauna e jacuzi obrigatórios em casa de cada português.
Fim dos impostos.
Promessa da felicidade total e do prazer total.
Portugal na vanguarda dos outros paises.

Manuel João Vieira é o resultado do estado a que a classe política chegou. se os políticos se dessem, minimamente, ao respeito, pessoas como ele nunca apareciam porque, simplemnete, não tinham espaço mediático.
Aliás, quem ler o programa dele repara que no meio da palhaçada há ideias consistentes; não digo que sejam com o intuito de credibilizar o seu discurso, mas são com o intuito de dar a entender, aos mais atentos, que a lógica é mesmo mostrar o lodo em que andamos metidos.

De resto, não! Não vou votar MJV á presidência, não sou louco assim tanto, não pretendo ajudar a incrementar a palhaçada neste país, mas que é grave toda esta conjuntura, ai isso é...

segunda-feira, novembro 21, 2005

Alterações á lei fundamental

Acredito cada vez com mais convicção que algumas alterações á lei fundamental da nação portuguesa são imperativas.
Entre muitas incongruências e (pior ainda) inconsequências temos um texto constitucional que é híbrido. De tanto querer ser o mais laico e democrata possivél conseguiu tornar-se num instrumento de dúbia utilização por alguns manfios bem conhecidos da nossa praça (do Comércio, sim aquela em Lisboa onde ficam muitos ministérios)e não consegue agradar a ninguém.
Existem inúmeras situações onde pegar, especialmente se articulásse-mos esta legislação com a demais que é comprada em pacotes de bolacha baunilha em qualquer super-mercado do Largo do Rato ou da São Caetano á Lapa.
Como não tenho muita paciência e o texto deixaria de ser um exercício delirante e intensivo, para se transformar em algo pachorrento e agonizante como ler um livro do "nóbel" Saramantas ou levar com uma injecção de um discurso do tiranossauro Fídel, vou só referir-me sucintamente a três alterações.


Primeira - Terminar com o acesso á cidadania portuguesa de qualquer estrangeiro e flexibilizar a expulsão e deportação de não portugueses.

Efeito: certamente a criminalidade aumentaria numa primeira fase, mas quando se começasse a devolver tudo o que é imigrante de leste, preto, cigano e monhé á respectiva proveniência rápidamente baixaria, porque no meio destes levariam como brinde muita da trampa nacional, que de lotadas as prisões anda á solta, para verem se eles também gostavam de ter o país a parecer o caixote de lixo da comunidade.

Segunda - Alterar a constituição relativamente aos requisitos mínimos para poder aceder ao mais elevado cargo da nação.

Efeito: Deixáva-mos de ter fait divers durante o período eleitoral se aos candidatos fosse exigida uma prova de sanidade mental, que conseguissem escrever o seu nome por extenso sem copiarem pelo B.I., que conseguissem subir 5 lanços de escadas sem ter um ataque cardíaco e não pensassem que o primeiro ministro inglês se chama Herr Parkinson e o Chanceller austríaco Sir Alzheimer.

Terceira - Alterar o estatuto de autonomia das regiões insulares.

Efeito: Entregáva-mos os Açores ao E.U.A. em troca da exploração de um poço de petróleo, sempre contribuía mais para a riqueza da nação que aquele arquipélago, e quanto á Madeira... bem quanto á Madeira o caso é muito diferente trocávamos a Madeira pelas Canárias durante um período de dois anos renovavél automáticamente, ganhávamos um paraíso de férias e os espanhóis um grande dor de cabeça, de tal forma que só para se livrarem dele até nos davam dinheiro e devolviam-nos Olivença.